Fisioterapeuta especialista em ortopedia e traumatologia do Instituto de Ortopedia e Trauma do Hospital das Clínicas de São Paulo, atuante na região de Presidente Prudente - CREFITO: 3 15382
esde o dia 14 de fevereiro,
Ronaldo (no destaque da foto ao lado) não é mais jogador de futebol. O ex-jogador do Corinthians culpou o
hipotireoidismo pela aposentadoria do futebol. O problema, descoberto em 2007, o impede de perder peso, levando-o a ter lesões constantes.
Mas vamos entender um pouco mais sobre o problema de Ronaldo, e de muitas outras pessoas que, como ele, sofrem da mesma doença.
A tireóide (ilustração ao lado) é uma glândula localizada na região do pescoço e tem como função, secretar dois
hormônios conhecidos como T3 e T4. Esses hormônios tireoidianos têm a função de regular diversas
funções metabólicas do corpo.
O excesso ou a redução dessa produção hormonal pode acarretar doenças conhecidas como
hipertireoidismo, no caso do excesso da produção, ou
hipotireoidismo, no caso da redução da produção dos hormônios.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo pode ser causado por medicamentos, cirurgias, ou da forma auto-imune, onde o próprio corpo produz
anticorpos para combater a produção dos hormônios. Quando isso acontece, recebe o nome de
‘Doença de Rashimoto’. O hipotireoidismo é a doença mais comum da
tireóide, é mais comum em mulheres e mais frequente em
pessoas de mais idade, podendo ter uma relação com a hereditariedade.
Os principais sintomas são:
- Cansaço,
- Depressão,
- Adinamia (falta de iniciativa),
- Pele seca e fria,
- Prisão de ventre,
- Diminuição da frequência cardíaca,
- Lentificação da atividade cerebral,
- Voz mais grossa, como a de um disco em baixa rotação,
- Mixedema (inchaço duro),
- Redução da sudorese (transpiração),
- Sonolência,
- Reflexos mais lentos,
- Intolerância ao frio,
- Ganho de peso,
- Alterações menstruais e na potência e libido dos homens.
O diagnóstico é feito através de um exame de sangue que mostra as taxas dos hormônios tireoidianos. Quando as taxas estão abaixo da normalidade, é feito o diagnóstico do hipotireoidismo.
O tratamento é feito através da reposição desse hormônio, ajustando a dose até que os níveis hormonais fiquem ideais. Esses remédios devem ser tomados via oral, diariamente, e fazem com que o indivíduo possa levar uma vida normal.
No caso de um hipotireoidismo não tratado corretamente, o individuo pode ter agravamento dos sintomas e pode ter dificuldade na realização de suas tarefas diárias. Nos casos mais graves, pode correr risco de vida. Contudo,
existe tratamento eficaz para a doença, que só depende da adesão do paciente ao tratamento.