empre que nos lembramos de nossa
mãe, nos vem sempre à mente a imagem de como ela sempre nos
carregou nos braços, com todo cuidado, carinho e muito amor.
E me vem à mente, também, uma imagem que, fugindo um pouco à idéia de mãe, não posso deixar de fazer uma analogia, a de
Deus, que é pai e mãe de todos nós.
Por isso, é com muito respeito e carinho que transcrevo abaixo um poema muito bonito e tocante –que provavelmente muitos de vocês já a ouviram ou leram– mas que nunca é demais repetí-lo, para que, a cada momento de nossas vidas, nos conscientizemos de que, em todos os momentos de nossas vidas, e principalmente nos mais díficeis,
nós não estamos sozinhos.
Pegadas na Areia
Certa noite tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia, com o Senhor e, no céu, via cenas da
minha vida. Para cada cena que passava, percebi que surgiam dois pares de
pegadas na areia, um par com as minhas e outro com as do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia
apenas um par de pegadas na areia.
Notei, também, que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida. Isso entristeceu-me e perguntei, então, para o Senhor:
“Senhor, Tu me dissestes que, uma vez que eu resolvi te seguir, Tu andarias sempre comigo durante todo o caminho. Mas notei que, durante as maiores atribulações da minha vida, havia na areia dos caminhos da vida
apenas um par de pegadas. Não compreendo porque, nas horas que mais necessitava de ti, Tu me deixastes.”
O Senhor me respondeu: “Meu precioso filho. Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que Eu,
nos braços, te carreguei.”
Poema escrito em 1936 por Mary Stevenson Foto: divulgação